Schefflera cephalantha (Harms) Frodin

Informações da avaliação de risco de extinção

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Informações sobre a espécie

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Notas Taxonômicas

A espécie foi redescrita como S. cephalantha na obra World Checklist and Bibliography of the Araliaceae 330, em 2003, tendo sido descrita originalmente como Didymopanax cephalanthus na obra Notizblatt des Botanischen Gartens und Museums zu Berlin-Dahlem 11: 488. 1932; conhecida até pouco tempo somente pelo material-tipo, coletado por Malme em 1902 (G.O.A. Malme 2073) (Frodin & Govaerts, 2003; Fiaschi & Pirani, 2008). Táxon pouco representado em herbários, conhecido até 2008 somente pelo seu material-tipo (Fiaschi & Pirani, 2008).

Dados populacionais

Acredita-se que S. cephalantha tenha subpopulações somente na região da Chapada dos Guimarães, no estado do Mato Grosso (Fiaschi, com. pess.).

Distribuição

A espécie é endêmica do Brasil, com ocorrência confimada no estado do Mato Grosso, na região da Chapada dos Guimarães (Fiaschi, 2013). É considerada uma espécie Rara (Fiaschi, 2009), de acordo com os critérios de raridade adotados por Giulietti et al. (2009).

Ecologia

S. cephalantha apresenta porte arbustivo à arbóreo, sendo encontrado usualmente como arvoretas em encostas rochosas de ambientes savânicos, com solos areno-pedregosos e muitas vezes, úmidos; a espécie ocorre associada a fitofisionomias presentes majoritariamente no Cerrado, como Matas de Galeria (Fiaschi & Pirani, 2008; Fiaschi, 2013).

Ameaças

7.1.1 Increase in fire frequency/intensity
Incidência local
Severidade high
Detalhes O fogo é uma ameaça constante a vegetação do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (MT); eventos de incêndios severos, frequentemente associados à atividades pastoris que são históricamente desenvolvidas no entorno dessa Unidade de Conservação representam um desafio para a sobrevivência das espécies da flora que ocorrem na região (Parreira & Cabral, 2011). As queimadas não naturais que ocorrem durante a época seca podem alterar a estrutura e composição florística da vegetação de modo muito mais drástico que as queimadas ocorrentes na época chuvosa (Klink et al., 2002). Tendo em vista que a maioria dos focos registrados no PARNA Chapada dos Guimarães e entorno ocorrem na época seca e são oriundos de causas antrópicas, percebe-se a ameaça que este fator representa para a vegetação e a flora, alterando os processos ecológicos naturais e comprometendo o futuro das tipologias vegetacionais ali presentes (ICMBio, 2009).

1.1 Housing & urban areas
Incidência local
Severidade medium
Detalhes Devido a ocupação humana no entorno e à existência de diversas propriedades particulares e posses dentro do Parque Nacional, a vegetação acaba sendo alterada devido ao uso direto da flora, pequenos desmatamentos, construções irregulares e incêndios criminosos (ICMBio, 2009).

8.1.2 Named species
Incidência local
Severidade medium
Detalhes Diversas espécies invasoras foram encontradas no Parque, entre elas: Pinus sp. (próximo à Fazenda Sadia Oeste); Schinus therebenthifolius (espécie da Mata Atlântica, encontrada próximo ao rio Mutuca, na área da Sadia Oeste); Tithonia diversifolia (na Casa do Morro); braquiária (Brachiaria sp.) no São Jerônimo, Fazenda Pombal, Véu de Noiva e ao longo da MT-251; Melinis minutiflora (Véu de Noiva e São Jerônimo); Syngonium angustatum; Leucaena leucocephala. O impacto gerado por essas espécies na biodiversidade do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães é desconhecido, mas não deve ser desprezado, tendo em vista os grandes danos causados por elas em outras áreas naturais (ICMBio, 2009).

1.3 Tourism & recreation areas
Incidência local
Severidade high
Detalhes O turismo desordenado afeta diretamente a vegetação de Cerrado no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães; devido ao pisoteio excessivo e à abertura de novas trilhas e atalhos. Veredas, campos úmidos e cerrado rupestre são áreas bastante frágeis, nas quais o uso intensivo não deve ser permitido (ICMBio, 2009).

5.2 Gathering terrestrial plants
Incidência local
Severidade medium
Detalhes A extração de produtos vegetais, realizada por moradores locais, que coletam frutos de Cerrado (especialmente pequi, palmito, cascudo e coroa-de-frade) e plantas medicinais para uso e comercialização e por colecionadores de bromélias, cactos e orquídeas afetam diretamente os ecossistemas do PARNA Chapada dos Guimarães (ICMBio, 2009).

Ações de conservação

1.1 Site/area protection
Situação: on going
Observações: A espécie encontra-se protegida atualmente pelo Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (Fiaschi & Pirani, 2008).